domingo, 5 de dezembro de 2010

Sou do tipo que acredita que posso fazer sempre alguma coisa para que a realidade que me cerca se movimente. Não gosto da inatividade. Uma frase que me atormenta é: "o que tiver que ser, será." Será que quem diz esta frase realmente almeja alguma coisa com todo o coração? Esta atitude me desespera. Gosto de ver o resultado da minha ação. Gosto de saber que movi alguma coisa. Não gosto de destino, do acaso, de vontades outras que não a minha. Gosto de ser eu mesma e colher os frutos que eu plantei. "O que tiver que ser, será " sempre foi pouco para mim, porque sempre acabo achando que poderia ter feito algo e não deixado ao acaso a decisão sobre o rumo dos fatos. Sou uma inconformada.

Por outro lado, também não deixo de pensar que esta frase é libertária. É como uma entrega ao Universo daquilo que almejamos, um grande descansar depois de muito agir e não obter qualquer resultado. Então, digamos que eu me contentaria com esta frase em parte apenas após ter batalhado por todas as vias possíveis e não ter encontrado uma saída. Dizê-la, porém, no começo de uma jornada que pode ser modificada pela minha ação é como me tirar a força, a vontade, a vitalidade, o propósito,  o sonho, o poder de mover as situações. 

Todos os seres humanos tem o poder da realização. Não deveríamos deixar nas mãos do acaso, da sorte, das divindades aquilo que nós mesmos podemos fazer.

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