sábado, 4 de dezembro de 2010

E se eu fosse embora hoje para qualquer outro lugar após esta vida, iria com a certeza de que não tenho todas as respostas, não obtive todo o conhecimento que sonhei em adquirir e não realizei todos os sonhos que planejei realizar. Mas outras certeza eu também levaria comigo: a certeza de que de nada me arrependo, não deixei de sonhar quando pude, nada deixei de aprender quando me foi dada a oportunidade. Levaria comigo  infinitas alegrias e a carga de todos os meus erros, mas a certeza de que nenhum deles foi em vão e que, acima de tudo, por meio deles adquiri novas conquistas interiores. Portanto, levá-los comigo seria um prazer, não um desgosto. Levaria, também, uma saudade imensa, mas nenhum sentimento de culpa, nem mesmo das culpas que eventualmente tive ao longo da vida. Desenvolvi o poder de me renovar diariamente. Sou, fui, serei e seria  apenas o que sou hoje e agora. E é justamente este sentimento de presente que me faz uma pessoa feliz.
Quer escutar alguma coisa importante? Fique  em silêncio. O silêncio é o som da transcendência. Escutamos no silêncio coisas que nunca ouviríamos de ninguém e que nunca poderíamos escutar imersos nos barulhos do dia a dia. O silêncio é um jardim no qual colhemos entrelinhas da vida e mistérios do espelho.