quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Liberdade. Palavra plena, um refresco, um oásis. Pareço senti-la quase sempre. Mas, em certos momentos, vejo que uma espécie de escravidão me acompanha e a todo ser humano: o sentimento de impotência. Sou, de certo modo, escrava, no sentido de não poder realizar alguma coisa que dependa da vontade de outra pessoa. Não posso decidir pelo outro. Se algo que quero depende de outra pessoa, então sou escrava de sua vontade. Não posso dizer a alguém: venha ao encontro da minha liberdade e realize meus desejos. Livre-arbítrio. Liberdade. Só que do outro. O outro é livre. Igual eu sou. Posso adentrar sua esfera privada e romper seu equilíbrio? Poder, eu posso. Mas não convém. Respeito à liberdade: uma via de mão dupla. Respeito a do outro porque almejo ver a minha respeitada. Me recolho a minha insignificância perante o livre-arbítrio do outro. O que fazer? Não almejo. E não almejar é neutralizar o seu poder sobre mim. Livre outra vez. Agora sim, falo de mim. A minha liberdade. Porque liberdade é não querer.