Às vezes, a gente até acha que não é cristão. Mas é que o termo "cristão" já foi tão distorcido que a verdadeira essência se perdeu na nomenclatura. O resgate desse conceito e a reconstrução equilibrada do termo e do seu alcance me fez compreender, depois de muito refletir sobre, que eu era cristã, como sei que sou; apenas não queria ser igual aos "cristãos" que eu conhecia e por isso me esforçava para me dissociar de qualquer conceito coletivo que me associasse a eles. Cristo e Cristianismo são coisas diferentes. As idéias de Cristo são fantásticas. Idéias que são também filosóficas. Já o Cristianismo é um sistema que, conquanto pregue Cristo, distorce, por outro lado, muitas de suas idéias originais. Eu consegui separar esses termos. E isso foi positivo para mim. Não sou religiosa - e nem poderia, a essas alturas. Mas sou cristã, porque muito da minha ética pessoal tem como fundamento pressupostos que são também cristãos. Porém, o cristianismo "convencional", divulgado nas igrejas dogmáticas, está longe de ser a mensagem que quero para mim e suspeito muito que se aproxime de qualquer coisa que Cristo pretendeu. A mensagem de Cristo era de uma simplicidade e perspicácia fascinante. Cristo era filósofo, sociólogo, psicólogo. Era tudo. Menos religioso!
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Um desgosto profundo invade a alma de qualquer ser humano que tem a honestidade como premissa elementar das suas próprias ações. A completa subversão da ordem dos valores éticos da nossa sociedade confunde os mais jovens, mina o destino das crianças e causa uma profunda tristeza em todos nós. Sinto, vez por outra, imensa vontade de "vender tudo", comprar uma pousada e viver na praia longe de tudo isso. Mas somos parte desse mundo e, como tal, pretendo colaborar como puder. Sobretudo, fazendo uso das palavras e manifestando as idéias por meio de ações claras que abracem os princípios que defendo. Ser exemplo no que for possível para que a nova geração não perpetue o modelo. Façamos o que está ao nosso alcance. Porque o que não estiver, está nas mãos de Deus.
"Dá muito trabalho ser feliz." - Frase que ouvi de uma pessoa ontem, em tom de desgosto. Eu disse para ela: "Claro que dá trabalho e tinha que dar mesmo, porque felicidade é MÉRITO E CONQUISTA! É nosso dever lutar pela nossa própria vida. Dará muito mais trabalho, e pesará muito mais na consciência, as horas em que se poderia ter vivido bem e não se viveu."
Há muito tempo eu não permito que a vida "escorra" pelos meus dedos por incompetência minha. Cada vez que a felicidade bate a minha porta, sou a primeira a recebê-la de braços abertos. Pode ser uma flor "quem bate à porta". Uma flor já é felicidade extrema. Pode ser a lua brilhando bem forte. A lua também é felicidade extrema! Pode ser qualquer coisa. Sempre vai me encontrar preparada para escolher ser feliz e não triste!
Há certos momentos em que a minha Racionalidade encontra a minha Espiritualidade, como um rio que deságua em um mar. Eles se misturam e não se contradizem. E no momento exato em que isso acontece, sinto uma completude infinita, algo que me preenche e "dá sentido", uma percepção transcendente do meu "eu", aproximando-o da "Gênese", mas sem cobrança ou despersonalização. Uma relação saudável de empatia e intimidade entre o Ser Racional e o Ser Espiritual.
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