Coração de mulher é como uma tacinha de cristal: se trincar, já não é o mesmo e mal "funciona". Se quebrar, então...Não tire da prateleira uma taça cara se você não vai utilizá-la. Ela pode cair da sua mão. Deixe para tirar a taça cara do lugar no dia em que você quiser beber o melhor vinho nela. Não perca a sua vez e o seu melhor vinho por inconsequência.

Coração de mulher é sensível demais. Às vezes, um passo errado, uma postergação, e a oportunidade se perde de vez. Um homem nunca deveria "abrir a porta de uma casa" se não tem a intenção de "entrar e morar nela."

A poesia é a linguagem do coração, é a alma "escrita", é a alegria do poeta, é sua maior satisfação. Poetas somos todos nós se o Amor nos alcança. Qualquer um, apaixonado, saberá fazer versos. Versos não precisam ser "escritos". Há versos silenciosos, versos no jeito de olhar, versos no modo de beijar quem a gente ama...

A inveja é uma coisa mortífera e maldita. Por causa dela, as pessoas são capazes de inventarem as coisas mais absurdas sobre aquela cujo sucesso não suportam só para denegrirem a sua imagem, como se isso bastasse para transformar o invejoso em tudo aquilo que ele sonha em ser e não consegue.

Não se perde uma pessoa por causa de um argumento. Um argumento é só uma frase solta no vento. Uma pessoa é um ser humano inteirinho. Viu a diferença?

99,5678... % das discussões sobre religião são inúteis e afastam os amigos. Eu ia dizer 100%, mas me lembrei que foi possível passar a noite inteira discordando de uma pessoa e ela de mim certa vez e a gente ainda sair "se amando" no final. Mas foi só uma única vez. De resto, termina sempre do mesmo jeito. Inteligência é não começar!

Homens suportam a verdade. Mulheres preferem ser "enganadas" pelas próprias amigas para não terem que ouvir certas verdades. Gostam que as amigas mintam para lhes agradarem. Por isso, sempre me dei melhor com os homens de uma maneira geral.

Amizade boa é poder discordar e continuar sendo querido mesmo assim. De outro jeito, nem mesmo amizade era...

Todo mundo tem sua "escala de amigos" como uma pirâmide. E há aqueles que estão no topo, praticamente "reverenciados". Quando são esses, os "do topo", os que erram com a gente, parece que o mundo se acaba e nada nos consola. A pessoa mais querida é a mais potencialmente apta a nos causar os maiores buracos na alma, porque quanto mais "no topo", mais amado e mais falta nos fará sua presença. Até me...smo com relação a esses mais queridos, é preciso, de certo modo, exercer algum tipo de "desapego" e diminuir as "intensidades". Ninguém deveria ter tanto poder sobre nós ou ser tão importante a ponto de alterar nosso estado de espírito dessa maneira. Tenho pensado sobre isso...Que sejam importantes sim, mas que não nos consumam as decepções que tivermos em relação a eles. Nenhum sentimento deveria nos consumir. Equilíbrio é a palavra importante no contexto. Amar na medida certa. Entrar e sair sem se ferir tanto. É claro que aquele que você mais ama pode errar com você e vai doer mais do que se fosse outra pessoa. Como lidar com isso? "Amando um pouquinho menos" só para se proteger. Não faz mal. Não é "menos amor" por isso. É só um modo mais maduro de aceitar que todo mundo erra. Até aqueles que pensávamos que não. Até os do "topo". E se errarem, não posso "morrer" por isso. Ninguém prometeu que seriam perfeitos.

O coração SEMPRE sabe o que quer. O ruído externo é que atrapalha tudo: a voz dos outros, a voz dos padrões, a voz do medo.

A gente passa a vida inteira procurando "as grandes coisas" até o dia em que descobre que "as grandes coisas" eram, na verdade, "as pequenas coisas"; e as tão sonhadas "grandes coisas", no fundo, não eram tão "grandes" assim.

Amor de verdade tem raiz. O vento balança a Árvore, o fogo a queima, mas a raiz está lá. Acredito na "Árvore Nova", porque se há raiz, há tudo! Acredito na Água que passa embaixo da terra sutilmente trazendo o lençol para alimentar a "Árvore Nova". Acredito na força do Amor plantando um dia, no laço que não se desfaz, na mágoa que só é grande, porque o amor é inexplicavelmente e infinitamente muit...o MAIOR! Acredito que a "quem mais se ama, mais se perdoa". Acredito que só dói porque é importante. Que doa, então! Porque se não fosse importante, não faria diferença. Doa mais e mais e "teste" o tamanho do Amor só para que o mundo inteiro veja o quanto ele é realmente grande! Doa tudo que puder doer e, depois de doer ainda mais, páre! E "retome o barco" com a certeza de que todas as provas foram vencidas a ponto de se poder dizer que É ETERNO! Porque Amor supera tudo isso: as mágoas, as "pestes", as "mortes", os "pesos", o "azar", a "derrota", a "tragédia" e os "desencontros". Só conheço duas formas de Amar: uma delas é "amar muito". E a outra está além de "muito": é "O Amor-MAIOR"! Inexplicável para quem não o compreende...Doçura infinita para quem o conheceu...VIDA absoluta para quem for tocado por ele algum dia...

Sempre em frente! Quem quiser, que pegue "o bonde andando". Não se pode "regredir" para agradar ninguém.

Quando alguém me faz a seguinte pergunta: "Pra quê estudar tanto?", me dá uma dorzinha lá dentro, porque eu já sei que não vamos combinar. Se alguém não entende o porquê alguém faz algo apenas porque gosta de fazer, não vai entender muita coisa além disso. Ademais, não incentivar alguém a permanecer estudando é algo que eu considero quase "um crime".

Tenho projetos e sonhos de hoje a 50 anos no mínimo! Como alguém não tem um projeto, pelo menos um, é algo que eu não entendo. É tão bom traçar caminhos e batalhar por metas, sonhar e alcançar. O sabor das conquistas não tem preço. É muito gostoso isso...Ainda quero fazer pelo menos mais três faculdades, um mega curso de fotografia, aprender a jogar xadrez de verdade (só arranho), me dedicar à mús...ica, virar professora universitária para sempre em algum momento da vida, fazer dança de salão, conhecer inúmeros países de uma ponta a outra do mundo, conversar com milhares de pessoas e aprender com elas, escrever muitos livros para crianças e adultos, um dos quais em uma cabana com cenário canadense (lago, flores, sol, montanhas e neve no topo), visitar todos os meus amigos em outras cidades e países, passar muito tempo em reservas com animais de todas as espécies, talvez até trabalhar com eles em algum momento da vida...E esse só seria o começo da lista... Há tanta coisa que eu ainda quero fazer, tanta! A vida não é monocromática...A vida é multidisciplinar!

Sempre que meu aniversário vai chegando, eu penso: "Será que farei 20 anos esse ano finalmente?" Nossa alma não envelhece, só o corpo. Sou a mesma, embora "bem outra". A alma não mudou, as poesias não mudaram, as músicas não deixaram de tocar, o amor é sempre o mesmo e até os sonhos são os mesmos em outras "versões". Nada mudou e eu vejo isso a cada dia que passa! A alma não envelhece e é por isso... que há sempre tempo para recomeços. "Deixe que alma tenha a mesma idade que a idade do céu", como diz a música. E você, quantos anos você tem? Será que a sua alma envelheceu? Será que você se descuidou e deixou que a amargura tirasse a beleza da poesia que você declamava, do sonho que você tinha, da lágrima que você chorava e do amor que você guardava? Não deixe que ela envelheça! Nunca! Somos e sempre seremos a idade da nossa alma. E a alma não envelhece, porque ela tem a "idade do céu"...

Não existe idade para recomeçar. Em nenhuma área da vida. Todos os idosos com os quais tenho oportunidade de conversar me dizem sempre a mesma coisa: "Foi bobagem minha achar que não daria tempo..."

Lição que gravei pra sempre: nunca supor que o "estado de coisas" nos pertence. Não temos nada. Nada é nosso. Tudo é passageiro.

Temos a força interna para produzirmos resultado em qualquer direção que almejarmos. É questão de abrir os horizontes, ter perspectiva e foco.

Como unem duas pessoas as tais "recordações em comum"... Ainda que não mais se falem, ainda que não tenham empatia, em algum contexto olharão um para o outro e saberão ler juntos as entrelinhas pelo simples fato de terem vivenciado em conjunto alguma situação. Fica um elo.

Você acertará 99 %. Mas o 1% que você errar, será justamente aquilo que cobrarão de você. Quem coloca o foco no seu 1% é pouco provável que seja um bom amigo, é pouco provável que entenda de ser humano. Nas horas difíceis, terá sempre a palavra mais "pesada" e nenhum alívio te trará. Vale a pena?

É só mesmo ao fim da vida que a grande maioria vai constatar o que era "certo" e "errado" de fato. Os mais "espertos" lutam para descobrirem o quanto antes: observam por horas, aprendem com quantas pessoas puderem e tiram conclusões a tempo de mudarem o "rumo". Desses pode-se dizer que souberam aproveitar melhor a vida e com mais sabedoria.

A cada "km" caminhando na direção errada é um "km" mais longe da direção certa. Estar parado, nesse caso, seria "lucro". Quando eu não sei o que fazer, eu não faço nada, até que eu saiba o que fazer de fato. Fazer "qualquer coisa" só para se mover pode nos levar à direção "errada" e cada vez mais longe da "certa". Se mover e contar com "a sorte" é "caro" demais em certas situações. Vale a pena ficar parado e refletir antes.

O ser humano se faz prisioneiro de "formatos"... e abandona a "essência"...

Eu faço sempre o mesmo teste: me lembro do número de pessoas boas que conheço e imediatamente volto a ver sentido na humanidade. É por elas que ainda vale a pena!

Há uma frase da Sarah Sheeva que acho espetacular: "Quem está solteiro não está encalhado. Encalhado é quem casou errado." Essa frase merece um comentário.
Poucas coisas nessa vida eu chamo de "tragédia". Poucas. E "casar errado" é uma delas, pelo simples fato de que as pessoas mais infelizes que eu conheci e conheço na vida, incluindo todos os tipos de infelicidades possíveis ...e prováveis, foram justamente as que que se casaram errado (e permaneceram assim, claro). "Casar errado" é um tipo de "morte" e é impossível não perceber alguém "que já morreu". O semblante é outro. É como um zumbi arrastando a vida, sem coragem para nada. É triste acompanhar esse tipo de "morte" em tanta gente.
A frase é espetacular porque nada define melhor o conceito de "encalhado" do que "casar errado". Penso em uma baleia presa na praia, sem poder ir para a direita ou esquerda, sem saber o que fazer, sem ter forças para decidir que direção tomar para sair da situação, cercada por tantas "pedras" e "ventos" e "mar" e "areia", que não consegue se mover. Quem está "casado errado" se sente exatamente assim. Sofre todos os dias e não consegue sair. Tem tantos medos, crises, "amarras", culpas e cobranças, que opta pela infelicidade de uma vida inteira só para não ter que causar o "inconveniente" de romper. Estar solteiro não é assim! Estar solteiro é ter opções. Ter a opção inclusive de "ter" ou de "não ter" alguém se quiser! Portanto, estar "encalhado" não é estar solteiro. Estar "encalhado" é não ter força e coragem para ter as opções que merece ter! Se você está solteiro e sofre por isso, repense seu modo de ver as coisas, porque você não imagina quantas pessoas eu conheço que dariam tudo na vida para estarem em seu lugar.

Romper amizade com alguém que você admira é chato; com alguém de quem você gosta, é péssimo; com alguém que é muito importante na sua vida, é dificílimo. Agora, com alguém que você ama, é como "morrer" um pouco todo dia. Ou faz as pazes ou "adoece". "Adoece com aspas e sem aspas também.

A burocracia "emburrece" de tal forma, que é possível se fazer a mesma coisa por anos sem ter a menor idéia do porquê se faz dessa maneira e mesmo saibendo que de outra forma seria melhor.

É engraçado quando você praticamente "venera" uma pessoa e ela não faz a menor idéia do porquê. Ela acha que não fez nada que justifique tanto carinho. Mas cada um sabe o porquê "ama". E, às vezes, nem sabe o porquê. Só sabe que ama. E ama muito. Amor bom é assim: sem qualquer explicação racional.

A vida é boa demais para ser criticada, punida, medida, julgada, oprimida, matirizada. O ser humano é limitado demais para ser medido, julgado, condenado, oprimido, cobrado como se fosse um "semi-deus". E é sensível e rico demais para ser tratado como "máquina".

Pensar incomoda. Ter coragem de dizer o que pensa incomoda. Romper paradigmas incomoda. Convidar ao raciocínio crítico e lógico incomoda. E ainda bem que incomoda! São esses "incômodos" que movem a "Grande Roda das Mudanças" necessárias ao progresso geral. Todos nós deveríamos "incomodar". Ninguém deveria "se esconder".

Todo mundo pode mudar. Quando a necessidade de mudar é desesperadora, a gente muda. Um dia, todo mundo se cansa de ser "pesado" e de "arrastar" conflito. Eu torço! Muita gente boa com correntes pesadas demais e que poderia estar iluminando a vida dos outros.

O que é bom não dura pouco, não. O que é bom tá ali, sempre. A gente pode criar, reinventar, renovar o "elenco", refazer o "script", sempre inovando...

Perder a saúde é a única maneira de ter certeza absoluta de que ela é a única coisa que não podemos perder, porque todo o resto, a gente se vira pra "tapar o buraco". Mas saúde não tem jeito. Ou se tem ou não se tem; e se não se tem, é como não ter nada.

É bom ser forte. Mas é muito melhor ser são. O "forte louco" nunca venceria o "fraco são". Por isso, nossa sanidade não tem preço.

E Fevereiro se foi...É estranho como o nosso psicológico assimila o tempo em "fatias" e isso tem um efeito devastador às vezes. Acabar Fevereiro, pra mim, significa muito e, só porque ele acabou, me sinto infinitamente melhor nesse exato momento. Ainda "estar" em Fevereiro, era como reviver cada um dos seus dias com as nuances crônicas com as quais eles me "presentearam". Engraçado isso. Nada mudaria na prática por apenas virar o mês no calendário. Mas muda, porque a cabeça "comanda" que muda e a gente acredita. Que mês difícil. Bom, mas muito difícil. E que venha Março! Será um mês muito melhor pra mim. Porque é como se tudo que aconteceu em Fevereiro, a partir da zero hora de hoje, ficasse "preso" pra sempre na página anterior do calendário, sem autorização das "leis do universo" para "pular" para Março...

Quem se prepara demais para fazer uma pergunta, é porque não está preparado para ouvir a resposta. Quem precisa realmente da resposta e já abriu o coração para recebê-la, a fará sem medo.

Muita gente que está "estacionada" não quer dar início a uma mudança em sua vida, porque tem medo do tamanho do conflito que será ter que responder para sua própria consciência "o que foi que fez de si mesmo nesses anos todos". A sensação de tempo perdido é enorme. Mas será ainda maior se nada for feito. Atropele esse medo, porque o tempo passa rápido demais e quanto mais tempo passar, pior será a pergunta para si mesmo ao final: "Como e porque você jogou sua vida inteira fora?"

O ser humano retrocede a cada vez que se impõe. Imposição é atributo dos fracos. O forte dialoga.

Não há nada mais narcisista do que um discurso sectário. Porque o sectarista pensa querer fazer o bem, mas o que ele realmente quer é "ter razão". Desconfio até da ausência de "espiritualidade" nos discursos sectários, porque a leveza é elemento essencial da verdadeira espiritualidade. E não há nada mais pesado do que um discurso sectário, ausente de afeto e pleno de "cargas".

Todo sectarista tem a essência da tirania dentro de si. Seu maior sonho é ser admirado, venerado, ter "um reino" e "súditos" para quem ditar suas regras. Mas ele se esconderá embaixo de muitos tipos de "capas" para não transparecer sua verdadeira intenção e dará "nomes" e "motivos" nobres a sua "carreira". Poderá até dizer que as "regras" não são dele, mas fazem parte de um "sistema" justificável. Porém, tudo o que ele quer, no fundo, é ter poder e nada mais.

Excesso de conhecimento nunca fez mal a ninguém. O que acontece é que muita gente busca por meio do conhecimento justificativas para fazer algo que sempre quis fazer e não tinha coragem, porque não encontrava fundamentação para isso. É a velha mania do ser humano de arranjar "culpados" para seus atos e não assumir que fez o que queria, sem que ninguém mandasse. Se a culpa não fosse do "conhecimento", seria colocada em outros seres, terrenos ou sobrenaturais, mas sempre nos outros, jamais assumida. Conhecimento não faz mal. O que faz mal é o pensamento da Idade Média subsistindo até hoje. Quanto mais você aprender, melhor. Quanto melhor você souber usar o que aprendeu, melhor. Quanto melhor você potencializar tudo o que sabe, melhor. Melhor para todos que possam ser alvo da aplicação desse conhecimento, inclusive você mesmo.

Quando eu converso com gente desagradável ou leio algo que me choca pelo sectarismo e pela frieza com a qual trata o ser humano, eu faço imediatamente o exercício mental de pensar no número de pessoas sensíveis que conheço e deixo que isso vá ocupando o lugar do que poderia ter virado amargura de ter cruzado com alguém que não se aperfeiçoou na arte da empatia. Eu "trago à memória o que me pode dar esperança". Esperança de um mundo melhor.

Algumas coisas "sempre foram" ou "nunca foram". Mas, às vezes, só se descobre isso tempos depois.

O verdadeiro "Mestre" aprecia qualquer outro "Mestre", ainda que as expertises sejam diferentes e, muitas vezes, até mesmo antagônicas. É que a "maestria" não está no conhecimento ou na orientação desse conhecimento; está em um modo de ser, uma postura, uma ética pessoal no trato com o outro. Um "Mestre" sabe identificar essa "maestria" no outro, sabe quem é e quem não é. Não é "Mestre" aquele que critica o diferente pelo simples fato de diferente ser. Não é "Mestre" quem, por inveja, nega a "maestria" do outro só porque não consegue ser como ele é.