Exercite o desapego. Não se prenda ao que te fez sofrer. Não abrace uma história como se ela fosse a única possível. Não cultue a dor. A vida é curta e as surpresas não tem fim para quem acredita na beleza da impresivibilidade.
domingo, 25 de setembro de 2011
A revolta contra um fato que te desagrada é um sentimento legítimo, embora não seja dos mais inteligentes. É que enquanto você alimenta a revolta, você só mantém o problema em evidência e não enxerga uma saída. Direcione a energia que alimenta sua revolta para reconstruir sua paz de espírito e verá que a revolta vai passar e o "novo" vai acontecer.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
A maior das minhas dores não pode cegar meu entendimento e me levar a praticar atos irrazoáveis, porque a dor não determina quem eu sou e o que eu faço.
A maior das minhas dores não me permite agredir meu semelhante e culpá-lo por atos que são apenas meus, porque a dor não me legitima a ser irresponsável.
A maior das minhas dores não me autoriza a me revoltar contra quem sequer colaborou para ela ou pretendeu colaborar.
A maior das minhas dores, no fundo, não é tão maior do que muitas outras que eu já vivenciei. E sobrevivi.
A maior das minhas dores talvez não passe de uma ilusão bem trabalhada e com "trilha sonora" apta a gerar o resultado "DOR".
A maior das minhas dores talvez não passe de uma ilusão bem trabalhada e com "trilha sonora" apta a gerar o resultado "DOR".
A maior das minhas dores não precisa ser maior, nem menor, porque ela sequer precisa existir. Ela pode ser nada. Eu decido o que ela é ou pode vir a ser.
A maior das minhas dores nunca foi grande o bastante para ofuscar minha capacidade de enxergar o que vem depois dela. Porque eu sempre enxerguei.
A maior das minhas dores não é a maior dor da humanidade, não é sequer dor para quem sente dor de fato, não é nada se comparada à imensidão de tudo que existe e há.
A maior das minhas dores é meu universo pequeno e finito, é a miudeza extrema do meu próprio umbigo, é minha dor, mas que antes de ser dor, talvez seja apenas mais um dos meus ídolos.
A maior das minhas dores não é um presente caro, não pode merecer um laço de fita vermelha, não deveria ganhar um lugar de destaque na prateleira, não pode ser venerada como se fosse um "ente", porque ela não é.
A maior das minhas dores já foi alegria, poderá tornar a ser qualquer dia, poderá deixar de ser e passar a ser nada.
A maior das minhas dores talvez nem mesmo seja minha.
A maior das minhas dores tampouco é maior do que eu e não pode me limitar ou pretender me chamar pelo nome de "A Dor-Em-Si-Mesma", porque meu nome é outro, é muito melhor e mais bonito do que este.
Sou além de qualquer dor, muito além. Sou o cenário que sofre, mas que resgata; que lastima, mas que se eleva; que chora, mas que vende sorrisos; sou a árvore cortada, mas que ainda dá frutos; sou a alma ferida, mas que ainda é branca; sou o sentimento magoado, mas que ainda Ama! Porque a dor não pode vencer a capacidade de Amar!
Sou, portanto, muito além de qualquer lamentação. Sou muito mais do que qualquer resignação. Sou quem não precisa da revolta como válvula de escape, porque minha válvula de escape é a força da própria Vida-Em-Si!
Sou quem já viu a cor de tudo o que é belo, portanto, sei que tudo o que é belo permanece exatamente aonde está, aonde deixei, aonde vou encontrar e a dor não pode manchar a beleza do que já é belo por si só.
Sou tudo que ultrapassa, vence, encontra, supera, transborda, surpreende, sobrevive, escala, salta, acorda, luta, consegue, vive!
Sou, em qualquer momento, a alegria sofrida, mas que ainda é alegria, a esperança densa, mas que nunca deixou de ser esperança, a inevitável ausência que a dor provoca, mas que ainda é a farta presença de tudo o que eu sou!
Porque muito além de qualquer dor, por mais aguda que ela pareça ser, sou, antes de tudo, o Amor, a Vida, a Paz e a Renovação!
E diante de tudo o que sou, toda e qualquer dor haverá de se curvar, porque é impossível que qualquer dor pense ou acredite ser qualquer coisa maior do que tudo aquilo que eu sou por vontade, necessidade e escolha.
Eu não sou nada, ninguém, coisa alguma na multidão; poeira cósmica; mais uma; mais um ser que transita e não sabe o dia da sua morte. Impotente perante a grandeza de tudo. Mas apesar de eu não ser nada, dor alguma, nessa Terra, jamais foi ou será maior do que EU! Porque quem decide isso SOU EU!
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
O Amor é para mim como a visão de uma cachoeira singela de água corrente, límpida e transparente, rodeada de tons de verde e luz amena, com cheiro de uma manhã florida, a simplicidade de um passarinho bebendo água na margem, o silêncio rompido somente pelos sons da natureza e a capacidade de se renovar a cada novo dia. O Amor é descanso e tranquilidade; é fechar os olhos e sentir-se pleno.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Quem respeita seu ritmo, seu jeito, suas limitações; quem se esforça para entender sua história, não grita com você, não te põe para baixo e não busca te modificar; e nesse contexto, faz questão de evidenciar o que você tem de melhor, ainda que esse melhor nem mesmo esteja em evidência no momento...Essa pessoa não é mais uma pessoa "apenas". É uma Luz em seu caminho. Essa forma de Amar é irresistível.
O Amor é para mim como a visão de uma cachoeira singela de água corrente, límpida e transparente, rodeada de tons de verde e luz amena, com cheiro de uma manhã florida, a simplicidade de um passarinho bebendo água na margem, o silêncio rompido somente pelos sons da natureza e a capacidade de se renovar a cada novo dia. O Amor é descanso e tranquilidade; é fechar os olhos e sentir-se pleno.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Às vezes, a gente até acha que não é cristão. Mas é que o termo "cristão" já foi tão distorcido que a verdadeira essência se perdeu na nomenclatura. O resgate desse conceito e a reconstrução equilibrada do termo e do seu alcance me fez compreender, depois de muito refletir sobre, que eu era cristã, como sei que sou; apenas não queria ser igual aos "cristãos" que eu conhecia e por isso me esforçava para me dissociar de qualquer conceito coletivo que me associasse a eles. Cristo e Cristianismo são coisas diferentes. As idéias de Cristo são fantásticas. Idéias que são também filosóficas. Já o Cristianismo é um sistema que, conquanto pregue Cristo, distorce, por outro lado, muitas de suas idéias originais. Eu consegui separar esses termos. E isso foi positivo para mim. Não sou religiosa - e nem poderia, a essas alturas. Mas sou cristã, porque muito da minha ética pessoal tem como fundamento pressupostos que são também cristãos. Porém, o cristianismo "convencional", divulgado nas igrejas dogmáticas, está longe de ser a mensagem que quero para mim e suspeito muito que se aproxime de qualquer coisa que Cristo pretendeu. A mensagem de Cristo era de uma simplicidade e perspicácia fascinante. Cristo era filósofo, sociólogo, psicólogo. Era tudo. Menos religioso!
Um desgosto profundo invade a alma de qualquer ser humano que tem a honestidade como premissa elementar das suas próprias ações. A completa subversão da ordem dos valores éticos da nossa sociedade confunde os mais jovens, mina o destino das crianças e causa uma profunda tristeza em todos nós. Sinto, vez por outra, imensa vontade de "vender tudo", comprar uma pousada e viver na praia longe de tudo isso. Mas somos parte desse mundo e, como tal, pretendo colaborar como puder. Sobretudo, fazendo uso das palavras e manifestando as idéias por meio de ações claras que abracem os princípios que defendo. Ser exemplo no que for possível para que a nova geração não perpetue o modelo. Façamos o que está ao nosso alcance. Porque o que não estiver, está nas mãos de Deus.
"Dá muito trabalho ser feliz." - Frase que ouvi de uma pessoa ontem, em tom de desgosto. Eu disse para ela: "Claro que dá trabalho e tinha que dar mesmo, porque felicidade é MÉRITO E CONQUISTA! É nosso dever lutar pela nossa própria vida. Dará muito mais trabalho, e pesará muito mais na consciência, as horas em que se poderia ter vivido bem e não se viveu."
Há muito tempo eu não permito que a vida "escorra" pelos meus dedos por incompetência minha. Cada vez que a felicidade bate a minha porta, sou a primeira a recebê-la de braços abertos. Pode ser uma flor "quem bate à porta". Uma flor já é felicidade extrema. Pode ser a lua brilhando bem forte. A lua também é felicidade extrema! Pode ser qualquer coisa. Sempre vai me encontrar preparada para escolher ser feliz e não triste!
Há certos momentos em que a minha Racionalidade encontra a minha Espiritualidade, como um rio que deságua em um mar. Eles se misturam e não se contradizem. E no momento exato em que isso acontece, sinto uma completude infinita, algo que me preenche e "dá sentido", uma percepção transcendente do meu "eu", aproximando-o da "Gênese", mas sem cobrança ou despersonalização. Uma relação saudável de empatia e intimidade entre o Ser Racional e o Ser Espiritual.
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