sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Todo ser humano quer sempre as mesmas coisas e ao mesmo tempo: a liberdade, para que a prisão não o sufoque, e alguma espécie de prisão, para que a liberdade não o destrua.
Toda dor deixa uma marca e esta marca está sempre presente. Olhamos para ela e o aprendizado salta aos olhos. Daí o poder das marcas: ensinar sempre.
Se alguém vive um deserto de solidão por dentro e por fora, sei como é, pois já vivi assim. Entendo o peso. E, sobretudo, sei como é bom encontrar qualquer espécie de "refrigério", ainda que temporário. Sentir-se acolhido é um bálsamo, que transforma qualquer momento num deleite indizível.
É de Nietzsche a frase: "Tudo é precioso para aquele que foi, por muito tempo, privado de tudo." Aprendi com a vida o que esta frase diz. Dou valor a cada miúda brecha na janela por onde possa entrar uma Luz.
Quando eu penso que já vi de tudo nessa minha vida, acabo de nascer e nem mesmo abri os olhos ainda.