sábado, 28 de janeiro de 2012

As decepções que todos nós passamos ao longo da vida, e que fazem despencar as "máscaras" das pessoas que amamos, é um processo doloroso demais. Nossos heróis vão morrendo, nossos "anjos" vão "perdendo as asas" e nossos amores vão virando pó. Ninguém nunca é tão bom quanto a gente imagina, nem tão leal quanto se espera. Mas ninguém é tão mal que não mereça ser amado. Aliás, amar é justamente o ato de querer bem a alguém essencialmente imperfeito, porque querer bem ao que é perfeito seria fácil demais. Amar é devoção imerecida, é ato quase "heróico", porque do lado de lá, não há deus algum, só um ser humano tão falho quanto. Nisso o Amor se faz soberano: amar sem saber porque; amar até sem motivo; amar quem não fez por merecer; amar só mesmo porque amar é viver e nada mais. Não é questão de mérito - ou ausência dele - de quem recebe o Amor. É questão de mérito de quem dá esse Amor. Saber amar e querer amar, apesar de tudo, é mérito de quem ama. Não há opção mais nobre e não há nada que faça alguém se sentir melhor. Amar é a melhor coisa que alguém pode fazer nessa vida. 

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