terça-feira, 6 de setembro de 2011

Às vezes, a gente até acha que não é cristão. Mas é que o termo "cristão" já foi tão distorcido que a verdadeira essência se perdeu na nomenclatura. O resgate desse conceito e a reconstrução equilibrada do termo e do seu alcance me fez compreender, depois de muito refletir sobre, que eu era cristã, como sei que sou; apenas não queria ser igual aos "cristãos" que eu conhecia e por isso me esforçava para me dissociar de qualquer conceito coletivo que me associasse a eles. Cristo e Cristianismo são coisas diferentes. As idéias de Cristo são fantásticas. Idéias que são também filosóficas. Já o Cristianismo é um sistema que, conquanto pregue Cristo, distorce, por outro lado, muitas de suas idéias originais. Eu consegui separar esses termos. E isso foi positivo para mim. Não sou religiosa - e nem poderia, a essas alturas. Mas sou cristã, porque muito da minha ética pessoal tem como fundamento pressupostos que são também cristãos. Porém, o cristianismo "convencional", divulgado nas igrejas dogmáticas, está longe de ser a mensagem que quero para mim e suspeito muito que se aproxime de qualquer coisa que Cristo pretendeu. A mensagem de Cristo era de uma simplicidade e perspicácia fascinante. Cristo era filósofo, sociólogo, psicólogo. Era tudo. Menos religioso!

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