sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Como me enojam os dogmas. Quanta ingenuidade no ato de empurrar a nossa própria natureza pra "debaixo do tapete" e se esconder atrás de dogmas achando que ela vai mudar; ou ignorá-la, julgá-la demoníaca e, por isso, ridicularizar a essência do que somos. A natureza não muda. Negar suas nuances só atrapalha a compreensão do que ela é, até onde ela vai, do que ela é capaz e o que podemos fazer com clareza e racionalidade para lidar com ela. Proponho um tratamento puramente frio e racional da nossa natureza e suas manifestações, sem entregar a autoria de todos os nossos erros a seres de outra dimensão, cuja existência sequer podemos provar. Somos nós os únicos responsáveis pelos nossos atos. Quanta falácia no discurso transcendente que busca nos colocar o medo do que somos e nos enclausurar todos em dias em um quadrado para lutar contra o que somos, como se nossa natureza fosse uma miséria completa e nós não fôssemos autores dos nossos atos. Nossa natureza é o que somos e é TUDO o que somos! Se não posso amar o que sou, lidar com o que sou, se sou obrigada a sofrer diuturnamente pelo que sou, não vejo sentido em amar a vida ou sequer em ter nascido. Amo a vida. Nossa natureza é fantástica e tem muito a nos ensinar, principalmente quando erramos e aprendemos a compreender o PORQUE dos nossos erros com a  razão e não com divagações transcedentais. Assumir nossos erros faz parte desse processo. E compreendê-los é essencial para o nosso crescimento. Não é entregando a autoria dos nossos erros a outros seres que vamos entender quem somos de fato e aprender a lidar com o que somos.

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