segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Todas as convicções são vulneráveis. Assim como todo e qualquer conhecimento científico é superável. É ciência hoje. Amanhã, novo entendimento exsurge sobre a mesma matéria e aquilo que parecia brilhante ontem é ultrapassado e deixa de ser "a grande descoberta." Por esta razão, estou sempre aberta. Sou inteiramente aberta para escutar e ponderar, voltar atrás, rever, desde que, para isso, eu tenha argumentos justificáveis. Quem questiona os filósofos dentro de mim? Todos os dias revejo minhas ponderações sobre a vida e as coloco à prova. Não fecho portas, deixo absolutamente todas entreabertas. Não há lei na minha cadeia de pensamentos. Tudo é questionável. Converso com pessoas e "converso" com outros livros antagônicos aos meus entendimentos do momento. Minha mente é um prédio em construção. Vez por outra, derrubo tudo, porque não gostei da estrutura, e começo novamente. Não tenho medo de me confrontar, tampouco de confrontar meus erros e dificuldades. Não tenho medo de encontrar os ratos do meu porão. Minha natureza é indomável em muitos aspectos. Essa mancha no meu temperamento recebo com a mesma dignidade com a qual recebo todas as minhas qualidades. Acho que foi esta postura que me fez levantar vôo: a de não ter medo de mim.

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